O mundo mágico de Disney não foi o único que começou na Califórnia. A rede SeaWorld inaugurou seu primeiro parque na cidade de San Diego em 1964, e desde então, virou uma das maiores redes de entretenimento nos Estados Unidos. Nos dias atuais, o SeaWorld San Diego mistura seu conceito inicial de ser um lugar de estudos e pesquisas do ambiente marinho com um parque temático cheio de brinquedos.
A entrada do SeaWorld é uma homenagem às ondas dos oceanos. É possível ver em todos os lugares as ações promocionais da campanha #SeaWorldCares, que mostra o esforço da companhia em dialogar com o ambiente marinho, fazendo trabalhos de salvação, recontato dos animais cuidados com o mar e pesquisas sobre seus comportamentos.
Após passar por filas curtas e tranquilas, dá-se de cara com o Explorer's Reef, um aquário cheio de peixes-limpadores. Essa espécie se alimenta de parasitas microscópicos e detritos que se acumulam nos oceanos. É permitido uma interação com esses peixes ao colocar a mão dentro de sua área de nado. Apesar de ser bem divertido, o SeaWorld guarda atrações muito mais emocionantes e educativas.
Com o mapa em mãos, vi que o layout do parque é confuso e pode ser muito fácil de se perder, sendo assim, o uso do mapa é indispensável. A primeira parada da visita foi a montanha-russa Emperor, uma montanha-russa de mergulho como a Sheikra do Busch Gardens Tampa. Tematizada de acordo com os mergulhos que os pinguins imperadores fazem quando escorregam no gelo, a Emperor possui uma queda de 90º com 43 metros, alcançando 96,6 km/h e passando por 3 inversões. Pode não ser tão alta, mas a experiência é incrível - super suave, tranquila e dá vontade de ir várias vezes!
Do ladinho da Emperor fica a montanha-russa aquática Journey to Atlantis, única do tipo na Califórnia. Você entra no ambiente da cidade perdida de Atlântida, e durante o percurso, experimentará ótimas quedas que inevitavelmente deixam todos encharcados! O diferencial dessa atração é que após a sua primeira queda, a subida para continuar o percurso é totalmente no escuro e meio... balançante. Imperdível!
Vizinha à Journey to Atlantis, fica outra montanha-russa, a Electric Eel. Essa atração é o mesmo modelo da Superman: Ultimate Flight do Six Flags Discovery Kingdom, e conta com múltiplos lançamentos até alcançar quase 100 km/h e ter força para subir seus 45 metros de altura! Lá em cima, o trem fica em baixa velocidade para fazer uma inversão nas alturas, te deixando completamente fora do banco, e descer com tudo para fazer um loop-não-invertido! Eu amo esse tipo de montanha-russa! Infelizmente, essa atração tem uma péssima capacidade por hora, então as filas são longas a maior parte do dia. Vá nela com o parque abrindo ou no fim do dia.
Andando um pouco mais pelo lado direito do parque, encontramos adivinha o quê?! Outra montanha-russa! Essa avalanche de montanhas-russas é uma estratégia do SeaWorld de se aproximar mais do público que gosta mais da adrenalina dos parques. A Arctic Rescue foi construída no Wild Artic, um aquário gigantesco com os principais animais da região do Oceano Ártico: morsa e belugas. Você pode escolher ir no modo "sem emoção", que é somente uma caminhada pelas exibições de cada animal, e a opção "com emoção", que é embarcar no jet-ski da Arctic Rescue.
A Arctic Rescue foi baseada nos esforços da SeaWorld em fazer missões de resgate no Oceano Ártico (por isso o assento do trem é um jet-ski!). Essa montanha-russa é essencialmente familiar, não tendo grandes quedas ou inversões. São três lançamentos que fazem a montanha-russa chegar até 64 km/h, passeando por geleiras e cenários do Ártico. Assim como a Electric Eel, essa atração tem uma péssima capacidade por hora, então as filas são longas a maior parte do dia. Vá nela com o parque abrindo ou no fim do dia.
Caminhando mais um pouco, encontramos os animais mais famosos da Antártida: pinguins! Várias espécies estão espalhadas pelo Penguin Encounter, um grande habitat gelado e no escuro (você vai sentir frio!). Um pouco mais à frente, fica o Shark Encounter e o Turtle Reef, dois aquários enormes com várias espécies de tubarão e tartaruga, respectivamente, que ficam nadando em cima de você! É muito louco!
O primeiro grande estádio que vimos foi o Dolphin Stadium, onde acontecia o show Dolphin Adventures, em que os golfinhos mostram suas habilidades atléticas em manobras que eles executam naturalmente nos oceanos. Os horários do Dolphin Adventures costumam ser nos horários 11:00, 13:00, 15:00 e 17:00, mas sempre dê preferência de consultar o aplicativo do SeaWorld. O grande problema dos estádios do SeaWorld San Diego já é perceptível no Dolphium Stadium: falta de cobertura. No calor da Califórnia, esperar e assistir o show acaba se tornando completamente desagradável, portanto, invista em um chapéu.
O próximo estádio é logo na frente! O Sea Lion Amphitheater abriga o Flippers, Facts and Fun: The Sea Lion Experience, um show educativo sobre os leões-marinhos que acontece às 12:00, 14:00, 16:00 e 17:30 (mas sempre dê preferência de consultar o aplicativo do SeaWorld). Não conseguimos ver esse show, porém ficamos admirando os leões marinhos no Sea Lion Point - gostaria de ter um em casa!
Voltamos à nossa agenda radical na montanha-russa Manta, que é bem diferente da versão em Orlando! Em Orlando, quem encara a Manta tenha a incrível sensação de voar. Já na versão californiana, os passageiros vão sentados e são submetidos a três seções de lançamento em alta velocidade (70 km/h), além de quedas inesperadas, gerando um bom airtime. A Manta não atinge grandes alturas nem possui inversões, sendo diversão para toda família.
O aquário de arraias e animais similares localiza-se bem ao lado da entrada da montanha-russa. Nele, é possível alimentar as arraias Bat-ray e aprender sobre preservação desses animais no oceano. Ao redor da Manta, você pode ver uma família gigante de flamingos! Gigante MESMO!
Se você gosta de alturas, não perca a oportunidade de subir no teleférico Bayside Skyride, que passa por cima da Mission Bay, a principal baía de San Diego. Lá de cima, dá para ver o Belmont Park, charmoso parque de diversões à beira-mar que é perfeito para conjugar com um dia de SeaWorld, especialmente no pôr-do-sol. Ou até mesmo antes, aproveitando a praia de Mission Beach cedo e dando umas voltas na Giant Dipper.
Para quem quer vencer o calor californiano, o Shipwreck Rapids é uma ótima opção! Entre num bote e encare uma longa corredeira pelo SeaWorld San Diego, em que ficar seco não é uma opção! Eu amei o Shipwreck Rapids, e recomendo para todos que gostam desse tipo de atração.
Finalmente havíamos chegado no maior estádio do parque, onde é realizado o espetáculo Orca Encounter. Diferente dos shows anteriores do SeaWorld, e inspirado pelo Dolphin Adventures, o Orca Encounter foca em mostrar ao público o comportamento das orcas no oceano, como corrida para pegar uma presa, alimentação, fuga de perigos, comunicação e brincadeiras. A regra de ouro continua valendo: se você se sentar nas primeiras cadeiras, você será encharcado pelas orcas! O Orca Encounter costuma acontecer às 12:00, 14:00 e 18:00 (mas sempre dê preferência de consultar o aplicativo do SeaWorld).
Subir na Skytower no final do dia é uma excelente opção para ver toda grandiosidade de San Diego e da Mission Beach com seus próprios olhos. Para quem tem crianças no grupo, o SeaWorld oferece uma área exclusiva para elas muito fofa, a Rescue Jr., com seis brinquedos exclusivos para elas. No verão, o parque costuma ter parada de carros alegóricos, apresentações especiais musicais no Bayside Amphitheater e show de fogos no encerramento do dia. Consulte o mapa!
O SeaWorld San Diego oferece 20 locais de alimentação, entre eles lanchonetes e restaurantes. Almocei no Cafe 64, que abrigava um museu do parque e da rede. As opções não eram muitas, sendo essencialmente diferentes tipos de sanduíches com batatas-fritas. A qualidade da comida não deixou a desejar, mas caso queira comer melhor, é recomendável reservar no Guest Services uma refeição no Dine with Orcas (serve almoço e janta). No local é possível ver, enquanto come, as orcas sendo cuidadas.
O parque também oferece experiências individuais com os animais presentes no parque, com uma interação controlada e acompanhada de um veterinário e biólogos marinhos renomados. Você pode encontrar com pinguins, golfinhos, orcas, preguiças, flamingos, morsas, belugas, leões-marinhos, lontras, e tartarugas. Note que a maioria dessas experiênicas não envolvem contato direto com o animal. Você pode conferi-las e reservá-las no site.
O SeaWorld San Diego é um belo parque, com jardins muito bem cuidados aliados à muitas árvores e áreas de descanso. A visita pode se tornar cansativa visto a confusão que é o layout do parque, porém, por ser pequeno, isso acaba sendo um pouco amenizado. Sua infraestrutura e conservação revelaram-se impecáveis. As filas são em sua maioria tranquilas, com exceção da Electric Eel e Arctic Rescue.
Em 2015, não tinha conseguido passar muito tempo dentro do parque e dessa vez, reservei o dia para isso, e não me arrependi! Vale muito a pena visitar o SeaWorld San Diego, já que o parque é um ótimo lugar para toda família passar o dia aprendendo muito sobre a vida animal marinha e criando divertidas memórias nos brinquedos. Voltaria de novo, e espero que construam ainda mais montanhas-russas!
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Perguntas frequentes:
Onde fica o SeaWorld San Diego?
O SeaWorld fica na 500 Sea World Drive, no bairro de Mission Beach em San Diego, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos.
Como chegar ao SeaWorld San Diego?
O aeroporto mais próximo é o de San Diego (SAN). Para chegar saindo do centro de San Diego, pegue o VLT da linha Azul na America Plaza Station e depois pegue a linha de ônibus 9 no Old Town Transit Center até Mission Beach. Como alternativa, é possível pegar um Uber/Lyft, que tem ampla abrangência pela região.
Quais são as melhores atrações do SeaWorld San Diego?
Emperor, Electric Eel e Manta.
Quais são os melhores meses para visitar o SeaWorld San Diego?
Maio, Junho, Setembro e Outubro.
Qual é a melhor ordem para fazer as atrações e brinquedos do SeaWorld San Diego?
Arctic Rescue / Electric Eel / Journey to Atlantis / Emperor / Dolphin Adventures / Flippers, Facts and Fun: The Sea Lion Experience / Manta / Shipwreck Rapids / Orca Encounter / Skytower / Shark Encounter / Penguin Encounter / Turtle Reef
Qual é a melhor dica para o SeaWorld San Diego?
O parque é pequeno, porém tem muita coisa diferente para fazer. Certifique-se de planejar o dia de acordo com aquilo que você gosta, porque não dará para fazer tudo em apenas um dia, principalmente se você escolher fazer alguma interação com algum animal. Além disso, fique de olho nas filas das atrações maiores para poder conjugar com os horários dos shows. Você consegue ver a duração das filas no aplicativo do SeaWorld.
Que tipos de comida estão disponíveis no SeaWorld San Diego?
Comida típica de parque de diversões norte-americano, como fast-food de hambúrgueres, frango frito, pizza, e sorvetes. O maior restaurante de comida rápida do parque é o Café 64. Caso queira comer melhor, o parque oferece o restaurante Dine with Orcas, que trabalha com o sistema de buffet.
Quanto custa o SeaWorld San Diego?
O passaporte para 1 dia custa USD 80 (aproximadamente R$ 450).
Qual é a duração das filas no SeaWorld San Diego?
Tranquilas (até 30min).
Qual é o site do SeaWorld San Diego?
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