Poucos parques fizeram tantas memórias como o Playcenter fez em São Paulo. Estando em funcionamento por quase 40 anos, o parque marcou diversas gerações até o seu fechamento inesperado em Julho de 2012. Minha única visita (infelizmente!) ocorreu durante as preparações das Noites do Terror, durante o mês de Julho em 2010.
O parque estava com bastante visitantes logo no início da sua operação, principalmente por ser um sábado. Entretanto, me dirigi ao fundo do Playcenter que ainda se encontrava praticamente vazio. Nessa área, chamada de Área 3, encontram-se as montanhas-russas Looping Star e Windstorm, além do excelente Castelo dos Horrores, um labirinto com monstros em seus percurso inspirado nos tradicionais filmes de terror de Hollywood.
A Looping Star era uma das montanhas-russas mais gostosas e divertidas de se andar no Brasil. Com apenas um loop, ela arrancava sorrisos de todas as idades, e tinha uma fila bastante rápida. Não dava vontade de sair. Felizmente consegui andar na Looping Star em mais dois lugares diferentes na vida: no Rock in Rio e no Ita Park, em Minas Gerais.
Já a Windstorm, hoje está no Alpen Park em Canela - RS. Muito intensa, algumas partes da montanha-russa eram extremamente desconfortáveis, e em alguns casos, machucava. Bem em frente à ela, o Magic Motion era um simulador muito similar as Aventuras do Betinho Carrero 4D no Beto Carrero World. Como os outros simuladores do Brasil, seus movimentos não eram muito fortes, e seus efeitos fracos
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Começando a descer para o início do Playcenter, era possível se deparar já com o Turbo Drop, uma torre única no país. Com 60 metros, a atração se diferenciava pela sua queda acelerada em Forças G negativas, além de subir um pouco duas vezes antes da parada total. Sua capacidade era baixa, fazendo a torre ter filas enormes.
O Waimea foi o maior splash que já possuímos em terras tupiniquins. Com 15 metros de altura, a onda provocada pelos barcos da atração, que desciam a 60 km/h, era enorme. A ponte de saída da atração, passava bem em cima da queda, atraindo milhares de visitantes que adoravam se refrescar.
Muitas outras atrações faziam a alegria de adultos e adolescentes, como o tradicional chapéu mexicano Wave Swinger, o Swing Dance, a Barca Viking, e o molhadíssimo Splash. Nessa última, a fila era enorme e lenta, o que me levou a comprar o Playpass, um pacote de furafila com as atrações mais procuradas do Playcenter. Vale ressaltar que no Splash, qualquer lugar que o visitante ficava ele fatalmente sairia ensopado.
No campo mais radical do Playcenter, Evolution, Double Shock e Cataclisma provocavam muitos gritos de medo em que não estava acostumado aos giros de cada atração. A primeira mencionada tinha uma velocidade rápida, e suas cadeiras ainda ficavam em pé e deitadas.
Porém, as duas estrelas que despejavam muita adrenalina no sangue dos paulistas eram o Skycoaster e a Boomerang. Um de frente pro outro, era difícil escolher para qual ir, mesmo com a primeira sendo paga. Infelizmente, a Boomerang não funcionou durante a minha visita, por problemas pontuais que foram resolvidos no dia seguinte. Já o Skycoaster proporcionava um salto de 60 metros à beira do Rio Tietê. Imaginem.
Para completar o excelente mix de atrações do parque paulistano, o Playcenter oferecia inúmeras atrações infantis, como diversos carrosséis, bate-bate, mini barca, mini torres, trenzinhos, e a montanha-russa Brucomela. Inclusive, no período dessa visita, os personagens da Turma da Mônica estavam pelo Playcenter, fazendo ainda mais a alegria das crianças.
O ambiente do Playcenter era muito agradável e organizado, com árvores, jardins e bancos em todo seu terreno. Entretanto, a massiva presença de adolescentes, por sua vez mal-educados e arruaceiros, quebrava a sensação de tranquilidade no passeio. Já a conservação do Playcenter era inegavelmente bem feita, com brinquedos sem sinais de avarias. Único ponto negativo ficou por conta da manutenção da Boomerang bem no dia de nossa visita.
O parque de diversões mais tradicional do Brasil sempre fará muita falta no coração de todos os paulistanos que iam no Playcenter durante sua infância e depois, levavam seus filhos. Mediante aos recentes anúncios de que o dono do parque gostaria de reconstruí-lo em Olímpia, basta a todos nós torcer.
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